ainda o S. João

Não há S. João sem sardinhas, manjericos, martelos e claro(!), balões, muitos balões!

Contribuímos, também, para alegrar o céu de ébano do porto com tremeluzentes e voadores fogos fátuos.

O nosso balão era cor-de-rosa (claro, então?! era balão de gaijas!!!!), e deu uma trabalheira do caraças para o pôr a voar!!! Mesmo seguindo as instruções!! Se não acreditam, aqui vão as instruções e entre parêntesis comentários pessoais às mesmas:

(pequena introdução)

O balão. é um objecto de lançamento colectivo (oi? o que é isto de lançamento colectivo? só se podem lançar vários ao mesmo tempo?!!). Convide para o lançamento mais 2 ou 3 pessoas familiares ou amigos (espera lá... pessoas familiares ou amigos?? será necessário fazer isto com pessoas que conheçamos bem? será esta a magia do balão? e se estivermos à rasca não podemos pedir ajuda a um trauseunte? e se pedirmos será que o balão já não sobe porque afinal não somos todos amigos ou familiares????? outra questão é: pessoas familiares? não bastava pôr familiar? os cães são nossos amigos, os gatos são bonitos e os piriquitos piam. nós gostamos dos nossos animais mas sabemos que não são família! e não me parece que a kaia - a cadela da nelita marta- fosse de grande ajuda no processo de lançar o balão! o que será que as pessoas que escreveram disto pensam sobre o QI das pessoas que lêm isto???) e consulte as instruções (ora então vamos lá):

1. Na boca do balão (na boca?... ui! e morde? base não seria também uma boa palavra? tinham mesmo que animalizar a coisa?) está localizada a mecha que é suportada por uma armação de arame. (confirmado!). Verifique que esta tem forma circular e está uniforme. (ok. a mecha do nosso balão era rectangular e irregular...) Seguidamente, empurre esticando os arames, para o interior, centrando a mecha (yes sir! mission acomplished)
2. (não existe... passa logo para o item 3)
3. Dê a forma ao balão com a ajuda dos amigos (para isto basta que sejam amigos, não é preciso familia... ) Estes devem posicionar-se à volta do balão puxando o papel (não demasiado, eles não referem que não se pode puxar demasiado!!!!), e inflando o mais possível (ah!... inflando!!! que palavra bonita!!!!), verifique que a mecha está bem dentro e centrada, que o papel se encontra bem afastado da mecha na boca do balão. (seria mesmo necessária esta ressalva?... não um bocadinho óbvio que o papel não pode ficar demasiado perto da mecha?)
4. Com o balão já na sua forma, suspenso verticalmente a 1 metro a 1 metro e meio do solo (o rigor desta gente!!!), com toda a gente a segurar (agora sim já pode ser toda a gente! desde que sejam familiares ou amigos, nada de convidar os vizinhos ou o menino das pizas!!!) Baixe-se, e acenda a mecha em dois cantos opostos em diagonal, com isqueiro tipo bic ou vela (ok. isto é mesmo verdade, os fósforos não funcionam, tem de ser mesmo de isqueiro!). veja que a chama do isqueiro não queima o papel (não deveria ser " veja se a chama do isqueiro não queima o papel"?). verifique que os seus amigos estão a segurar com jeito (para isto é necessário que os amigos sejam jeitosos! foi mesmo isto o que aconteceu! ;)), que a chama na boca do balão está a desenvolver afastada dos bordos (gosto de dizer esta frase! ora tentem lá: que a chama na boca....), e de imediato peça aos seus colegas que o baixem devagarinho (agora já podem ser colegas...), (para a chama não apagar), até ao chão, onde este deve ficar com a boca bem assente, até começar a sair por si próprio. (nós só o pomos no mundo e tentamos acendê-lo da melhor maneira, mas depois é lá com ele!...)
5. Tendo em consideração o tamanho (claro! temos sempre em consideração o tamanho!!! era preciso dizer?!) e a temperatura ambiente (temperatura ambiente determinada com um dedo molhado no ar como manda a lei!), o balão pode levar de 4 a 8 minutos a iniciar a subida. portanto seja paciente! (quase não houve espera, o nosso balão era muuuuito bem mandado!!!)

Caso apague. Volte a acender. (mais informação desnecessária....). caso incendeie. apague o fogo! (por falar em informação desnecessária....) Lance um novo balão e passe um bom S. João. ( está-me a querer parecer que o/a sr/a. que fez isto usou o panfleto como rampa de lançamento para a sua mais almejada carreira: a de escritor/a de quadras populares!!)

Depois das instruções cumpridas, eis o resultado:

e lá foi o nosso balão tal como a vida, belo e efémero!

(fotos roubadas aqui)