Like the colours of my mind, whispered words upon a memory of the way we where…”
( pronto, já chega de música piegas)
Ontem à noite enquanto arrumava alguma da roupa que emprestava ao meu quarto um ar caótico, derrubei uma das muitas caixas que possuo (tenho a mania de desorganizar tudo em caixas, é uma obsessãozita…), detive-me na operação de arrumação (que tinha começado tão bem…) e dediquei-me a explorar o conteúdo da dita. Trata-se de uma caixa que me ultrapassa em idade que eu adoptei aquando uma das minhas explorações de velhos guarda-fatos. Com o tempo fui guardando um pouco de tudo, principalmente papelinhos, papelinhos e mais papelinhos. Papelinhos com as poesias favoritas dos poetas favoritos, papelinhos com más poesias da minha autoria. Papelinhos com letras de músicas, ou com citações, inventários de bijuterias, listas de prendas que desejava receber no natal, listas de livros que pretendia adquirir. Cartas que me escreveram, cartas que nunca enviei. Caderninhos de dedicatórias de colegas dos quais já não me lembro. Um envelope cheio de pétalas de rosas em jeito de recuerdo de uma certa prenda de aniversário. Vários postais com os actores do Bervely Hills 90210 (don’t ask!). Uma caixita de cartão onde estava guardado o meu primeiro tereré e uma nota: “Verão de 94, Algarve, Agosto, Caso não me lembre foram umas férias altamente e detestei o Algarve”.
Mas o melhor, o Top Ten dos papelinhos, eram as várias correspondências que mantive com algumas das minhas (ainda hoje), maiores amigas. Diálogos elementares em plena sala de aula:
“Amiga: Tens acetona em casa?
Eu: Sim, porquê?
Amiga: È que assim, amanhã quando fosses almoçar a minha casa levavas a acetona que eu estou farta deste verniz.
Eu: Tá bem, vou ver se não me esqueço.”
E correspondência séria, life changing mesmo!
A partilha de segredos, de emoções, de pequenas tragédias interiores que dilaceravam a nossa curta existência, revelações bombásticas, reflexões sobre a vida, os amigos, os rapazes, os amores não correspondidos, os correspondidos, os que corriam mal, as poesias de Pessoa e de Eugénio que mais adorávamos, juras de eterna amizade, de fidelidade total àquele nobre sentimento que nos unia…
Sentada no chão frio do meu quarto, tive de admitir que tive sempre muita sorte com as amigas, e que ainda hoje sou abençoada com exemplares momentos de partilha. Com ou sem papelinhos, posso dizer que tenho uma sorte do caraças!
Um brinde às minhas AMIGAS!
( pronto, já chega de música piegas)
Ontem à noite enquanto arrumava alguma da roupa que emprestava ao meu quarto um ar caótico, derrubei uma das muitas caixas que possuo (tenho a mania de desorganizar tudo em caixas, é uma obsessãozita…), detive-me na operação de arrumação (que tinha começado tão bem…) e dediquei-me a explorar o conteúdo da dita. Trata-se de uma caixa que me ultrapassa em idade que eu adoptei aquando uma das minhas explorações de velhos guarda-fatos. Com o tempo fui guardando um pouco de tudo, principalmente papelinhos, papelinhos e mais papelinhos. Papelinhos com as poesias favoritas dos poetas favoritos, papelinhos com más poesias da minha autoria. Papelinhos com letras de músicas, ou com citações, inventários de bijuterias, listas de prendas que desejava receber no natal, listas de livros que pretendia adquirir. Cartas que me escreveram, cartas que nunca enviei. Caderninhos de dedicatórias de colegas dos quais já não me lembro. Um envelope cheio de pétalas de rosas em jeito de recuerdo de uma certa prenda de aniversário. Vários postais com os actores do Bervely Hills 90210 (don’t ask!). Uma caixita de cartão onde estava guardado o meu primeiro tereré e uma nota: “Verão de 94, Algarve, Agosto, Caso não me lembre foram umas férias altamente e detestei o Algarve”.
Mas o melhor, o Top Ten dos papelinhos, eram as várias correspondências que mantive com algumas das minhas (ainda hoje), maiores amigas. Diálogos elementares em plena sala de aula:
“Amiga: Tens acetona em casa?
Eu: Sim, porquê?
Amiga: È que assim, amanhã quando fosses almoçar a minha casa levavas a acetona que eu estou farta deste verniz.
Eu: Tá bem, vou ver se não me esqueço.”
E correspondência séria, life changing mesmo!
A partilha de segredos, de emoções, de pequenas tragédias interiores que dilaceravam a nossa curta existência, revelações bombásticas, reflexões sobre a vida, os amigos, os rapazes, os amores não correspondidos, os correspondidos, os que corriam mal, as poesias de Pessoa e de Eugénio que mais adorávamos, juras de eterna amizade, de fidelidade total àquele nobre sentimento que nos unia…
Sentada no chão frio do meu quarto, tive de admitir que tive sempre muita sorte com as amigas, e que ainda hoje sou abençoada com exemplares momentos de partilha. Com ou sem papelinhos, posso dizer que tenho uma sorte do caraças!
Um brinde às minhas AMIGAS!
7 comentários:
Quando estivermos juntas tenho de te falar de uma frase que me escreveste um dia, numa daquelas cartas que passavamos a vida a escrever e que nunca esqueci.
Aqui, só te posso dizer que tinhas razão, a tua frase foi premonitória.
Beijos e um brinde a ti!
BiBa!!!!
Bem, apesar das "diferenças de opinião", acho k somos amigas, pelo menos temos k gramar uma com a outra pro resto da vida!
Adoro-te Gordixa!
Beijo grande
... desculpa a indiscrição, mas: és mesmo da Bila ou só por aí andas?
... pareces-me um "animal" selvagem, como eu, transmontano!
... e que bom que isso é!
... gosto do que por aqui leio, fazendo-me rir, ou pensar!
... continua a cuidar-te e mantem o teu "ar selvagem"!
um grande XI-coração
ora bem eu não brindo aos amigos por razões várias, os amigos são algo indefinido no meu vocabulário, deve ser dos pontapés (na gramática) que levo com vários!!! (bem, na volta sou eu que treslouco e imagino assim, fazendo filmes de inconsistência amigável!!!)mas brindo aos manos e manas espirituais, isso sim é bem, contam.se pelos dedos, é certo, mas podemos contar com eles para tudo, seja bem ou mal!!! bem hajas carmuue por seres uma das sisters da minha vida!!! bxox
Tchim Tchim!
Agora é que me lixaste...PORQUE Quem binda sem beber sete anos sem foder....fica a saber que me obrigaste a levantar o cu da cadeira, ir à cozinha, por me em cima do banco, esticar-me bastante para chegar à minha garrafa de whisky, e beber ....CHEER's Beijo Mokia
maria papoila:
tenho uma palavra para ti: meaw
beijo grande!
mana:
isto de sermos amigas funcionaria muito melhor se não insistisses em chamar-me gordixa! grrrrr
Solrac:
o teu comentário foi premonitório relativamente ao aspecto do meu cabelo quando acordei hoje de manhã! lol
Phia:
A melhor parte é que as sisters se encontram nas circunstâncias mais inusitadas! me gustam las sisters me gustas tu!
Zezi:
Tchim tchim
Mokia:
desculpa lá mas não me consegues convencer de que foi um esforço para ti emborcar esse wiskey...
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