bem vindos ao covil da carmo, onde vão ler coisas que preferiam não saber, onde a sensação de perda de tempo vai ser a mais realista que alguma vez tiveram, onde vão encontrar a carmo na sua essência e isso pode não ser uma coisa boa, onde vão ficar a saber mais da sua vida do que alguma vez desejaram e que existe unicamente no sentido de compensar a frustração de já não ter idade para ter um diário, até porque já não tem piada escondê-lo!
É preciso casar João, é preciso suportar, Antônio, é preciso odiar Melquíades é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país, é preciso crer em Deus, é preciso pagar as dívidas, é preciso comprar um rádio, é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque, é preciso estar sempre bêbado, é preciso ler Baudelaire, é preciso colher as flores de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os homens é preciso não assassiná-los, é preciso ter mãos pálidas e anunciar O FIM DO MUNDO.
Carlos Drumond de Andrade
Nota: Volapuque lingua mundial criada por um padre que não tinha o tempo muito ocupado, tipo esperanto, mas mais esquisito... para informações fidedignas ir aqui
"Se alguma coisa pode correr mal, é certo que correrá mal. E mais, será da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível."
...casa desarrumada, dente partido, trabalho a ir por água abaixo,poucos sapatos, menos maquilhagem, perda de peso por um canudo, máquina de lavar avariada, preços de gasolina a subir, caspa, acne, menstruação, dores menstruais, coluna empenada, cabelo espigado,trabalho atrasado e pouca vontade de o fazer, ah, e o livro que estou a ler é uma grande bosta...
(Ele) Se por acaso me vires por aí Disfarça, finge não ver Diz que não pode ser, diz que morri Num acidente qualquer Conta o quanto quiseste fazer Exalta a tua versão Depois suspira e diz que esquecer É a tua profissão
E ouve-se ao fundo uma linda canção De paz e amor
(Ela) Se por acaso me vires por aí Vamos tomar um café Diz qualquer coisa, telefona, enfim Eu ainda moro na Sé Encaixotei uns papeis e não sei Se hei-de deitar tudo fora Tenho uma série de cartas para ti Todas de uma tal de Dora
E ouvem-se ao fundo canções tão banais De paz e amor
(Ele) Se eu por acaso te vir por aí Passo sem sequer te ver Naturalmente que já te esqueci E tenho mais que fazer Quero que saibas que cago no amor Acho que fui sempre assim Espero que encontres tudo o que quiseres E vás para longe de mim
E ouve-se ao fundo uma velha canção De paz e amor
(Ela) Na sexta-feira acho que te vi À frente da Brasileira Era na certa o teu fato azul E a pasta em tons de madeira O Tó talvez queira te conhecer Nunca falei mal de ti A vida passa e era bom saber Que estás em forma e feliz
E ouve-se ao fundo uma triste canção De paz e amor
"Este é o maior festival de expressão artística contemporânea em Portugal, com uma duração de 40 horas consecutivas e com actividades para todas as idades, para todas as famílias e para a família toda.
Das 8h da manhã de sábado, 7 de Junho, até às 24h de Domingo, 8 de Junho, o Parque, o Museu, o Auditório e a Casa de Serralves recebem mais de 80 actividades e mais de 300 artistas, em mais de 200 momentos de apresentação.
Estão representadas as áreas da música, ópera, dança, performance, teatro, novo circo, leitura, cinema, vídeo, fotografia, oficinas, visitas orientadas e exposições."