quinta-feira, abril 28, 2005

motivos de desaparecimento

venho por este meio notificar-vos que nos próximos tempos estarei desaparecida deste meu covil devido à efeméride da semana académica a decorrer de 28 de março a 3 de abril. devido aos excessos a que me proponho entregar (é a ultima tem de ser a rasgar!), prevejo já uma falta de condições para me dedicar à realização de discurso coerente. assim sendo até para a semana minha gente!
(isto se eu sobreviver....)

tropeçando em fernando pessoa...

"Sentir tudo de todas as maneiras
Viver tudo de todos dos lados,
Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos
Num só momento, difuso, profuso, completo e longínquo."

quarta-feira, abril 27, 2005

possessão demoníaca

(para tentar exorcisar a musica que não me sai da cabeça)

The minute you walked in the joint
I could see you were a man of distinction, a real big spender
Good looking, so refined
Say, wouldn't you like to know what's going on in my mind?
So let me get right to the point
I don't pop my cork for every man I see
Hey big spender!
Spend a little time with me

Wouldn't you like to have fun, fun, fun?
How's about a few laughs, laughs?
I could show you a good time
Let me show you a good time

The minute you walked in the joint
I could see you were a man of distinction, a real big spender
Good looking, so refined
Say, wouldn't you like to know what's going on in my mind?
So let me get right to the point
I don't pop my cork for every man I see
Hey big spender!
Hey big spender!
Hey big spender!
Spend a little time with me
Yes

terça-feira, abril 26, 2005

Não sei o que fazer da minha vida e o que mais me incomoda é que não estou tão incomodada com isso como provavelmente deveria estar.


ps. aguardo uma luz

quinta-feira, abril 21, 2005

e por falar de listas de compras...

Lista semi-quimérica de intenções

Quando eu for grande vou….

1. ter uma 4L roxa com girassóis amarelos pintados no tejadilho, com a qual vou passear pela Europa enquanto oiço as minhas cassetes de jazz e bossa nova.
2. aprender a não matar plantas e ter um jardim japonês com uma cascata deliciosa.
3. ter uma cozinha com um pátio exterior onde vão passear patos e eu vou descascar ervilhas.
4. cantar o “foi por vontade de Deus” numa ponte qualquer de Praga e depois um louco qualquer passa e contrata-me para cantar na sua casa de fados.
5. conseguir fazer um souflé.
6. voltar a Paris e visitar finalmente o Louvre passar lá o tempo que me apetecer.
7. a Lassa e talvez não volte.
8. conseguir ler os russos todos sem passar à frente os nomes dos personagens.
9. conseguir manter um cachimbo aceso durante mais que dez minutos.
10. encontrar alguém que também conheça aquela música da Ellis Regina.
11. ser responsável e levantar-me todos os dias às 7.30h da manhã, fazer tudo hoje em vez de deixar para amanhã e entregar tudo dentro dos prazos.
12. fazer dieta.
13. aprender Esperanto a sério e escrever poemas de má qualidade na língua mais inútil do planeta só para dizer em que o faço em jantares sociais.
14. à patagónia onde vou ter um romance escaldante com um pastor e aprender a domar cavalos.
15. cantar o Madame Buterfly no La Scala.
16. ganhar o euro milhões e comprar “o beijo” de Gustaf Kint e tê-lo no meu quarto para que só eu o veja.
17. ver o Cat’s.



Nota 1: lista incompleta e em construção
nota 2: os itens não estão por qualquer ordem especial, de prioridade ou importância

quarta-feira, abril 20, 2005

as pequenas maravilhas de corrigir testes

apesar de ser completamente antipedagógico não consegui resistir em deixar para a posteridade esta preciosidade:
"glandula indróquina livertou insolina" a verdadeira!
Uma bela história de amor

A carochinha entrou no bar com um decote perfeitamente obsceno e com um andar insinuante, sentou-se na mesa barulhenta das amigas e pediu uma cerveja.
Depois de alguns copos, muitas gargalhadas e algumas ponderações completamente inconsequentes sobre o sentido da vida, levantou-se para comprar cigarros.
No caminho encontrou um grilo de expressão sombria e de whisky na mão que lhe sussurrou ao ouvido encostado à máquina do tabaco:
- Ó carochinha queres casar comigo?
A carochinha deu-lhe um murro e partiu-lhe o nariz. De mãos na cintura e voltada para a figura que jorrava sangue a toda a força a carochinha sentenciou:
-És um porco chauvinista! Não deves julgar os outros pelos seus antepassados. As carochinhas já não procuram “joões ratões” que lhes venham com conversas mansas e que depois lhes comam a sopa toda. Actualiza-te e deixa de ser imbecil!
Uns dias mais tarde enquanto estava numa ATM a pagar uma conta da luz, a carochinha virou-se e viu o grilo com a cara azulada à sua frente. O grilo sorriu-lhe a custo e disse-lhe:
-Então estás mais bem disposta hoje?
A carochinha, de sobrolho levantado aproximou-se dele.
-Para quem leva porrada de raparigas estás cheio de coragem. Então, estás melhor?
-Só te respondo se aceitares um café.
A carochinha rosnou baixinho e com um pouco de peso na consciência por ter sido tão bruta, aceitou.
Na pastelaria tomaram café e, entre covilhetes, conversaram.
Descobriram que o grilo não era tão porco chauvinista como parecia, e que a carochinha só se transformava numa hárpia temível quando lhe falavam de casamento.
Afinal ouviam a mesma música, adoravam folclore, nenhum sabia dançar e ambos trocavam as letras das músicas ao ponto de adulterarem completamente os originais. Tinham lido os mesmos autores e compravam compulsivamente livros em segunda mão apenas porque gostavam dos títulos e acabavam por nunca os ler.
Tinham em comum ainda o facto de ambos terem visto o “Branca de Neve” do João César Monteiro até ao fim, o que acharam admirável.
Gostavam de comida chinesa e tinham planos de um dia se tornarem vegetarianos desde que se fartassem realmente de comer picanha e francesinhas.
Nem o grilo comentou quando a carochinha pediu uma meia de leite com um prato de azeitonas, nem a carochinha se irritou com as bolinhas que o grilo fazia com o miolo do pão.
Desde esse dia não se largam.
Fornicam como coelhos e de vez em quando a carochinha lê contos eróticos enquanto o grilo enrola charros.
Costumam passear à chuva, entrar nas lojas dos alfarrabistas, roubar fruta dos pomares, tocar às campainhas das portas e fugir a correr.
São felizes.
Depois de ter lido os últimos posts e de ter descoberto que a minha vida está um tédio mortal decidi fazer uma pequena incursão na ficção.
Se é bem sucedida ou não, já não tem importância.
O que é preciso é escrever, nem que sejam listas de compras…

terça-feira, abril 19, 2005

é só para dizer que já me desenrasquei com a tábua.
bigadax

o papa é bento

como a água benta, ou pelo menos anda perto.
temos papa e aparentemente é o que interessa.
acabaram as horas de angústia em frente à chaminé em incontrolável ansiedade...
temos um papa quase tão velho como o anterior à data da sua morte, por isso provavelmente daqui a dez anos temos novamente papa. mais horas de ansiedade nos aguardam.
e ainda por cima o bento é reconhecidamente um conservador.
era mesmo o que estávamos a precisar! (humpf)
mas temos papa e é o que interessa e o senhor até fica bem de branco (não tão bem como o anthony quinn mas admito que não é fácil).
biba o papa!
biba o bento!

terça-feira, abril 12, 2005

a verdadeira identidade do pisco

Finalmente foi-nos dada a conhecer a verdadeira identidade do pisco.
O nome que lhe deram quando era pequeno, bonito e não rosnava.
O verdadeiro nome do pisco é:
(suspense)
Rambo.
ein?


aos meus amigos preocupados...

...pelo desaparecimento do meu telemóvel, é com muito prazer que vos comunico que o achei.
Melhor, a Sónia achou-o com a infalível tática do telefonema. Contra todas as espectativas não estava em casa mas sim debaixo do banco do meu carro, no meio de uma quantidade de lixo inimaginável, algumas garrafas de água vazias, o meu relógio de pulso- que aparentemente também estava desaparecido-, e 35 cents.
Moral da história, tenho MESMO de limpar o meu carro!
Aceito voluntários!

Elogio ao Post-it

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Quem passou pelo meu quarto ultimamente percebe esta minha necessidade de prestar tributo aquela que terá sido a melhor invenção dos últimos tempos, o post-it.
Com a sua inconfundível, se bem que de gosto duvidoso, cor amarela, o papelinho meio colante destaca-se de qualquer superfície, desde que esta não seja igualmente amarela, para essas situações temos os cor-de-rosa que são muito do meu apreço.
As sua possibilidades são ilimitadas. Tenho na minha parede listas de afazeres, receitas de chás, números de telefone, listas de compras, memos para o fim de semana (estes vão sempre comigo), frases que eu ouvi em qualquer lado e que achei de registo, enfim uma panóplia...
Depois de uma cuidada pesquisa na internet venho a saber que o senhor que inventou o Pos-it, um tal de Art Fry, fê-lo porque precisava de uns marcadores para o seu livro de cânticos que não caísse. (viram, ein, com nota histórica e tudo, estou a progredir!)
O senhor Fry disse um dia relativamente ao sucesso do seu invento: "É como ver um filho crescer, e vê-lo a ser feliz e bem sucedido!" e disse ainda: "Quando os post-its continuarem a ser usados após a minha morte será como se uma parte de mim vivesse para sempre." - tad. livre de http://news.bbc.co.uk/1/hi/uk/701661.stm (agora até faço referências bibliográficas...)
Depois de ler este testemunho fico com a clara sensação que, no que se trata de reconhecer a importância do post-it, acima de mim só mesmo o sr.Fry.
Quanto ao Sr. Fry, desconfio que se trata de um caso extremo de ego saudável, quanto a mim, tenho a certeza de que se trata de um caso extremo de tendência para esquecimentos.
Até porque a maior parte das vezes me esqueço de os ler!

está um dia tão bonito...

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olhai amigos!
Bragança já não é o enterior desquecido e ostracizado!
Vede só quem cá esteve!
Os Naifa!
Verdade verdadinha!
ah... quem são?
pois... vão lá e vejam: http://www.anaifa.com/
Bom mesmo, é que no site é possivel ouvir as musicas e ter acesso às letras!
pelo menos estes não são uns psicóticos invejosos.
Altamente recomendável!
Com uma sonoridade invulgar apresentam-nos o fado reinventado, com tendências espeleológicas- cantam Ary dos Santos!- e peculiaridades deliciosas.
Entre as quais se encontra a minha favorita, o facto de musicarem a incontornável Adília Lopes.
Sim, a mulher que escreveu um dia: "Um dia tão bonito e eu não fornico".
ou ainda:
"Deus é a nossa
mulher-a-dias
que nos dá prendas
que deitamos fora
como a vida
porque achamos
que não presta

Deus é a nossa
mulher-a-dias
que nos dá prendas
que deitamos fora
como a fé
porque achamos
que é pirosa"
Em resumo, Bragança está em força!
Um pequeno senão, os amigos da Naifa só aqueceram para o fim.
Nos encores tivemos a noção daquilo que poderíamos ter assistido se eles se tivessem atirado ao palco como um leão à presa.
Assim é que devia ter sido desde o início.
Se falta coragem aconselho Moscatel Favaios!

domingo, abril 10, 2005

de volta depois de uma ausência semi-forçada, uma quase viagem de barco (depois explico) e uns 15 aniversários todos seguidos, que me levam a concluir que devo ser a criatura à face deste planeta que mais conheçe pessoas do signo carneiro...
o que isto significa ou deixa de significar alguém mais instruido que eu nestas coisas da astrologia vos poderá dizer.
recebi uma mail de uma senhora que me diz que vou receber muito dinheiro nos próximos meses mas para ela me dizer quendo vai ser isso tenho de gastar dinheiro e pagar-lhe. só sou eu que estou a ver a ironia?
estou com uma dor de costas e pareço o quasimodo a andar, só me falta murmurar incessantemente : "esmeralda...."
em breve mais novidades e menos desconexas de preferência...