O pisco é o cão da vizinha do lado.
Obteve o seu nome graças à sua compleição frágil.
No entanto, no que se trata de feitio o pisco é um cão feroz! Quando está preso e tem o portão fechado o pisco ladra, ladra, ladra, ladra, incansávelmente, ladra!
Sempre com mira nos nossos sensíveis calcanhares(o meu especialmente), o pisco rosna, ladra, baba-se e engasga-se, montando um espetáculo dantesco que faria tremer o mais temível dos rotweilers. Mas o pisco é um caniche, ou melhor, nem isso será. É um híbrido terrível, um O. G. M. que certamente vingou graças à falta de legislação. Aprisionado na sua estatura rasteirinha, o pisco é infeliz. E as suas maiores fontes de frustração somos nós com as nossas idas e vindas, com os nossos calcanhares rodopiantes (os meus menos um pouco) que passeamos ostensivamente em fente ao seu campo de visão também ele rasteirinho. Nós, o homem do gás, o carteiro, os senhores do lixo, os vizinhos da rua e as crianças que passam felizes rumo à escola.
As únicas ocasiões em que vimos o pisco quase feliz (até parecia um cão vulgar), foi quando para efeitos de limpeza do pardeeiro onde o mantêm, o mastim foi libertado. Nestas alturas o pisco corre pela relva, saltitante numa urgente fome de liberdade, quase que brinca com o filho dos donos que nem lhe liga, fareja todas as àrvores e mija nos pneus nos carros, abana o rabo e deixa o vento sacudir-lhe o pêlo encaracolado...
Obteve o seu nome graças à sua compleição frágil.
No entanto, no que se trata de feitio o pisco é um cão feroz! Quando está preso e tem o portão fechado o pisco ladra, ladra, ladra, ladra, incansávelmente, ladra!
Sempre com mira nos nossos sensíveis calcanhares(o meu especialmente), o pisco rosna, ladra, baba-se e engasga-se, montando um espetáculo dantesco que faria tremer o mais temível dos rotweilers. Mas o pisco é um caniche, ou melhor, nem isso será. É um híbrido terrível, um O. G. M. que certamente vingou graças à falta de legislação. Aprisionado na sua estatura rasteirinha, o pisco é infeliz. E as suas maiores fontes de frustração somos nós com as nossas idas e vindas, com os nossos calcanhares rodopiantes (os meus menos um pouco) que passeamos ostensivamente em fente ao seu campo de visão também ele rasteirinho. Nós, o homem do gás, o carteiro, os senhores do lixo, os vizinhos da rua e as crianças que passam felizes rumo à escola.
As únicas ocasiões em que vimos o pisco quase feliz (até parecia um cão vulgar), foi quando para efeitos de limpeza do pardeeiro onde o mantêm, o mastim foi libertado. Nestas alturas o pisco corre pela relva, saltitante numa urgente fome de liberdade, quase que brinca com o filho dos donos que nem lhe liga, fareja todas as àrvores e mija nos pneus nos carros, abana o rabo e deixa o vento sacudir-lhe o pêlo encaracolado...
Depois, quando nós chegamos e ele dirige-se a nós de mansinho, fareja-nos os temidos calcanhares e... começa a rosnar!!!!
É por isso que não tenho o menor peso na consciência por termos feito isto à foto do fdp do cão(!):
tratada por: Mónica Marques 2004