sexta-feira, janeiro 13, 2006

sugestões para o fds II

  1. Não ir ao cinema!
  2. Aproveitar o (mau) tempo para ler:

  1. "A mente perversa de Mr. J.G. Reeder", Edgar Wallace

O Sr. Reeder é um detective privado que trabalha para o gabinete de promotor público. O Sr. reeder é um individuo de aspecto singular, de expressão fechada que foi abençoado por um poderosíssimo poder de dedução. O Sr. Reeder atribui esta sua ultima capacidade a uma peculiaridade do seu carácter: "É uma desgraça, mas é verdade. Vejo mal em tudo...tenho a mente de um criminoso." Para quem gosta de policiais e mesmo para quem não gosta nada. É entusismante deliciarmo-nos com a mente preversa de Mr Reeder.

"Timbuktu", Paul Auster

Mr. Bones é um cão de raça indefenida " e para piorar ainda mais as coisas, tinha umas rebarbas de porcaria espichando do pêlo andrajoso, fedores vários emanando da boca e uma perpétua tristeza injectada de sangue espreitando nos olhos." Mas Mr. Bones é um cão de grande inteligência, percebe tudo o que o dono diz. O dono William Gurevitch é um vagabundo-poeta-errante. No fim dos seus dias e depois de ter percorrido toda a América com Mr. Bones deslocam-se a Baltimore onde William pretende encontrar a sua velha professora de Inglês para lhe entregar os seus escritos e confiar o seu cão. Sobre este livro Salman Rushdie disse:"Um livro extraordinário" e eu digo que o senhor Rushdie tem toda a razão. Cada vez mais Paul Auster é um dos meus autores favoritos.

"Nome de Toureiro". Luis Sepúlveda

Sepúlveda estreia-se no estilo de "romance negro" com escepcional mestria. (aliás, não se poderia esperar outra coisa!). Dois personagens obscuros são contratados para descobrir um tesouro precioso que havia desaparecido da prisão de Spandau, durante os anos do nazismo. Um, Belmonte, o que tem nome de toureiro, anda clandestino desde que fugiu do Chile e após ter lutado "pela causa" noutros paises; o outro Frank Galinski é um militar do antigo regime a quem a queda do muro de Berlim o deixa no desemprego e entregue a uma progressiva pobresa. Ao longo do desenrolar da história somos levados a reflectir sobre as ideologias autoritárias em várias das suas frentes. "Benditos sejam os cinco mandamentos da clandestinidade que facilitam os movimentos dos seus filhos bem amados, de acordo com os quais se deve saber quais os bares onde as retretes têm janelas, que obrigam uma pessoa a ter apartados postais onde ser guardam documentos e os escassos bens, a ter sempre à mão um bilhete da linha aérea nacional e para a cidade mais importante, a soletrar os nossos nomes com todas as letras para aparecerem bem transcritos nas lista de passageiros. e a ter como uma amante uma putéfia com quem se deve ser generoso sem pedir em troca nada que a envergonhe." Livro para ser lido, relido e reflectido.

2 comentários:

O Puto disse...

"Timbuktu" é um livro encantador. Uma fábula moderna.

Carlos de Matos disse...

... tens razão!
... TIMBUKTU UM LIVRO IMPERDÍVEL!

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